25 março 2005

 

Neste sábado, Helder Macedo


Helder Macedo, que publica nesta Primavera o romance Sem Nome, é o convidado da emissão desta semana.
Poeta, romancista, ensaísta, crítico e investigador literário. Professor do King's College, da Universidade de Londres. Nascido numa cidadezinha perto de Joanesburgo, passou a infância em Moçambique, primeiro na Zambézia e mais tarde em Lourenço Marques. Veio viver para Lisboa (1948), onde frequentou a Faculdade de Direito (1955-59), tendo visitado diversas vezes a Guiné-Bissau e São Tomé. Em 1960 radicou-se em Londres. Na capital britânica obteve as licenciaturas em Estudos Portugueses e Brasileiros e em História (1971). Doutorado em Letras (1974) pelo King's College, faz parte do respectivo quadro docente desde 1971. Entre 1981-82, foi visiting professor em Harvard (EUA), tendo também leccionado na EHECS (França), na UNICAMP, na USP e na USRJ (Brasil). É, desde 1982, professor titular da cátedraPortuguese Studies (Prémio para a melhor revista nova, 1987, EUA). Co-organizador, com António Salvado, das Folhas de PoesiaModern Poetry in Translation-Portugal (Londres, 1973) e, em colaboração com E. M. de Melo e Castro, Contemporary Portuguese Poetry (Manchester, 1978). Colaboração sua, quase sempre de índole ensaística, encontra-se dispersa por jornais e revistas, tais como The Times Literary Supplement, Modern Language Review, Quaderni Portoghesi, Graal, Colóquio-Letras, O Tempo e o Modo, Hidra I, Nova Renascença, Expresso, JL, Diário de Lisboa, Diário de Notícias, etc. O primeiro livro de poesia, Vesperal (1957), publicado quando tinha apenas 21 anos, foi saudado por Jorge de Sena como sendo dos "mais perfeitos que por esse tempo se publicaram", denotando "um equilíbrio refinado" e um "notável domínio da expressão e do ritmo". Autor de uma poesia vigiada, culta, de tonalidades existenciais, por vezes hermética, Helder Macedo não costuma ser associado a movimentos literários, embora tenha feito parte da segunda geração do "grupo do Café Gelo". A participação nessa tertúlia, que incluia alguns surrealistas, nos finais dos anos 50, radicava sobretudo numa atitude anti-establishment de sinal político, moral e literário. Em Partes de África (1991) o autor usa técnicas narrativas para revelar as ficções da memória, expondo a fronteira entre o facto e a invenção. Foi director-geral dos Espectáculos (1975) e secretário de Estado da Cultura (1979). Reside em Londres.
in Dicionário Cronológico de Autores Portugueses, Vol. VI, Lisboa, 1999

Bibliografia de Helder Macedo, organizada e apresentada pelo IPLB.


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