31 outubro 2006
Prémios em França
E Jonathan Littell, americano, recebe o Grande Prémio de romance da Académie Française.
Pierre Assouline sobre Littell (também aqui) e sobre Nancy Houston.
20 outubro 2006
Frederico Lourenço
13 outubro 2006
Millôr Fernandes
Brasil: os mais vendidos
Nobel da Paz
Alface na TV
Alface, pseudónimo de João Alfacinha da Silva. Romancista, escreve também para rádio, publicidade, teatro e televisão. Com Manuel da Silva Ramos, Alface é autor da trilogia Tuga (1977-1996), uma hilariante e torrencial anti-epopeia lusitana, joyciana na invenção narrativa e verbal. Fazem parte da trilogia os romances Os Lusíadas (1977), As Noites Brancas do Papa Negro (1982) e Beijinhos (1996). A sua obra inclui ainda os livros de contos Cuidado com os Rapazes e Outras Histórias (1995), O Fim das Bichas (1999) e o ciclo familiar Um Pai Porreiro Ganha Muito Dinheiro (1997), Uma Mãe Porreira é prà Vida Inteira (1998), Filhos Assim Dão Cabo de Mim (1999), Avó Não Pise o Cocó (2000) e A Prima Fica por Cima (2001), reunidos no volume Uma Família sem Mestre (2002). A força paródica da escrita continua a transbordar no seu último romance, Cá Vai Lisboa, publicado em 2004. (daqui)
As novidades de Frankfurt
«Estaremos a voltar de novo à literatura? Aos romances com imensas páginas? Às sagas familiares? O "chick lit" - os livros escritos por mulheres que apareceram depois de "O Diário de Bridget Jones" e do "Sexo e a Cidade" - estará a perder força? Os romances e "thrillers" históricos estão cada vez mais tecnológicos e apocalípticos e começam a aparecer os "thrillers" cibernéticos tipo Matrix? Parece que sim. E na não-ficção? Aparecem muitos ensaios sobre o clima, o aquecimento global, estamos a ficar preocupados com o ambiente. Vêem-se menos livros sobre o Iraque e mais sobre terrorismo, sociedades secretas em todo o mundo e teorias da conspiração.»Estas são as tendências de Frankfurt.
A Nobel winner for our times
Também no The Guardian, artigo sobre as implicações políticas e não políticas do Nobel deste ano: Orhan Pamuk receives the Nobel for being a writer, not his politics.
Em Portugal, texto de José Manuel Cortês no Público; também de Alexandra Prado Coelho; e de Isabel Coutinho, com esta caixa. Texto de Isabel Lucas, no Diário de Notícias.
Entretanto, leia -- em tradução para português do Brasil -- um capítulo de Neve.
National Book Award
Hitchens
«Orhan Pamuk, a thoughtful native of Istanbul who lived for three years in New York, has for some time been in contention for the post of mutual or reciprocal fictional interpreter. Turkey is, physically and historically, the "bridge" between East and West, and I have yet to read a Western newspaper report from the country that fails to employ that cheering metaphor. (I cannot be certain how many "Eastern" articles and broadcasts are similarly affirmative.) With his previous novel, My Name Is Red, Pamuk himself became a kind of register of this position, dwelling on the interpenetration of Islamic and Western styles and doing so in a "postmodern" fashion that laid due emphasis on texts, figures, and representations. After 9/11 he was the natural choice for The New York Review of Books, to which he contributed a decent if unoriginal essay that expressed horror at the atrocities while admonishing Westerners not to overlook the wretched of the earth. In Turkey he spoke up for Kurdish rights and once refused a state literary award. Some of his fellow secularists, however, felt that he was too ready to "balance" his views with criticism of the Kemalist and military forces that act as guarantors of Turkey's secularism.»
Choque de civilizações
12 outubro 2006
Turquia na Europa
Nobel: síntese
Reacções e informação na imprensa turca de língua inglesa, apenas no Turkish Press. A imprensa online turca dá pouquíssimo destaque à notícia e os jornais de tendência islâmica não a mencionam até às 21h30 GMT.
Nobel: em cima da hora
Jardins da Memória e A Cidadela Branca são dois dos livros de Orhan Pamuk, Prémio Nobel da Literatura, e estão traduzidos e publicados pela Editorial Presença.
11 outubro 2006
Vinicius
Cormac McCarthy
Apostas.
Booker em Inglaterra para Kiran Desai
Kiran Desai arrebatou 74 mil euros do Booker Prize inglês com o romance The Inheritance of Loss.
A notícia no Público e no The Independent. No The Guardian. No The New York Times. E na BBC, que também analisa o livro. Um perfil de Kiran Desai, nascida na Índia em 1971, estudante em Inglaterra e actualmente a viver nos EUA -- o seu primeiro livro foi Hullabaloo in the Guava Orchard; The Inheritance of Loss é o seu segundo título. Um extracto do livro premiado. Recensão do livro na Atlantic Monthly. Recensão no The New York Times. Sobre a autora no blog Jabberwock.
Entrevista de Kiran Desai ao site da Random House (a revista Bold Type), que publicou Hullabaloo in the Guava Orchard nos EUA, e também no site Book Browse. Extracto de Hullabaloo in the Guava Orchard. Leitura de um extracto pela autora (em versão mp3 para RealAudio).
10 outubro 2006
António Gedeão
Em curso as iniciativas que assinalam o centenário do nascimento de António Gedeão / Rómulo de Carvalho. No próximo ano será publicado o seu volume inédito de memórias.
EPC
Borges
Fusos horários
RTP-N: Domingos, 24h00; Segundas, 20h00; Terças, 13h00
RTP-Internacional: Terças, 01h30 GMT
RTP-África: Terças, 01h30 GMT
2: : Quintas: 02h30
Cosac Naify porque são muito bonitos
Os livros da editora brasileira Cosac Naify são sempre muito cuidados, muito bem apresentados e bem editados. Uma das colecções que não se pode perder é a Prosa do Mundo.
Márcio de Souza
Get Shorty
Woodward
Nobel, previsões
O favoritismo de Orham Pamuk, no Jornal de Notícias (por Sérgio Almeida) e as especulações habituais (por Raul M. Marques, da Lusa, no JN).
Pierre Assouline distingue Orham Pamuk, Mario Vargas Llosa e Murakami.
Ver lista de distinguidos anteriormente aqui.
What's the best novel in the past 25 years?
Hannah Arendt
Veja a lista de conferências promovidas em redor do centenário de Hannah Arendt. E leia o artigo de Edward Rothstein no The New York Times, «Arendt’s Insights Echo Around a Troubled World»:
«Hannah Arendt was a philosopher of the exceptional. But as the centennial of her birth approaches on Saturday, she can seem more like a philosopher of the typical.»
Desafio, John Donne
«Literary biography is one of the background noises of our age. It’s a decent, friendly sort of hum, like the Sunday papers or chatter on a train. It gives the punters a bit of history and a bit of literature, and perhaps a bit of gossip, and what’s more it saves them the trouble of reading history. And poems too, for that matter. Not to mention the ordeal of ploughing through a load of literary criticism. But there are two respects in which literary biography is intrinsically pernicious, however well it’s done. The first is that literary biographies need a thesis in order to catch the headlines. This can turn what ought to be a delicate art into a piece of problem-solving or a search for a key to a life. Wordsworth? Well, that stuff about Lucy is really all about his affair with Annette Vallon. Byron? Just remember he loved his sister. Shakespeare? Didn’t you realise he was the Earl of Oxford? The other problem is that even the best examples can’t entirely avoid the naive reduction of literature to evidence or symptom – epiphenomena which are brought about by, and potentially reducible to, biographical origins.»
Infinitas Formas de Grande Beleza
A expressão é de Charles Darwin, a terminar A Origem das Espécies. O livro de Sean Carroll (Infinitas Formas de Grande Beleza) ainda não foi publicado em Portugal mas a edição brasileira, da Zahar, merece uma encomenda pela internet. Em tempos de discussão entre criacionistas e evolucionistas, um retrato da beleza do mundo.
Miserable bastards
A propósito de Martin Amis, leia também os avisos de Lady Hilly Kilmarnock, que foi casada com o pai de Martin, Kingsley Amis:
09 outubro 2006
Antologia de Pessoa no Brasil: Ruffato
Alfaguara no Brasil
Ruy Castro, o autor das biografias de Garrincha, Nelson Rodrigues e Carmen Miranda acaba de publicar Um Filme é para Sempre, uma reunião dos seus textos sobre cinema. Do site da Companhia das Letras:
«Um Filme é para Sempre responde a um antigo desejo dos leitores de Ruy Castro: reler seus melhores artigos sobre cinema publicados na imprensa nos últimos trinta anos. São perfis de atores e atrizes americanos e europeus do período clássico, pequenos ensaios sobre diretores e comentários sobre filmes famosos e obscuros. O elenco vai de Bette Davis, Marlon Brando, Zsa Zsa Gabor e Boris Karloff a Bob Fosse, Max Factor, Leni Riefenstahl e ao Dr. Mabuse. Todos os artigos têm as marcas registradas que tornam os textos de Ruy tão saborosos: originalidade e informação, clareza e humor - o mesmo estilo que ele imprime às biografias pelas quais ficou conhecido, como O anjo pornográfico, Estrela solitária e Carmen. Ruy faz revelações surpreendentes: o leitor fica sabendo, por exemplo, quais as grandes obras-primas do cinema que jamais chegaram a ser filmadas; conhece a verdadeira personalidade de figuras doces e engraçadas como Gene Kelly, Groucho Marx e Jerry Lewis; descobre o drama que havia na vida de mulheres lindas como Lana Turner, Esther Williams e Romy Schneider; e é apresentado a facetas insuspeitas de astros tão marcantes como John Wayne, Boris Karloff ou Marcello Mastroianni. E, em pelo menos dois artigos, Ruy relata experiências pessoais, como quando presenciou a Revolução dos Cravos, em Portugal (que depois viu retratada no filme Capitães de abril), e participou da Geração Paissandu.»Ruy Castro esteve para ser entrevistado recentemente no Livro Aberto; infelizmente, sérios problemas de saúde impediram a sua vinda a Portugal (Ruy já esteve no Livro Aberto anteriormente).
António Cícero
08 outubro 2006
Eduardo fala da «matéria portuguesa»
O convidado da emissão desta semana é Eduardo Prado Coelho. O livro sobre a mesa é Nacional de Transmissível (edição Guerra & Paz). Uma entrevista em que Eduardo P.C. ri bastante e fala de comida, de sesta, de futebol, de Brasil e da sua família. Não perca.
Günther Grass zangado
Despacho da correspondente do Público na Alemanha, Helena Ferro Gouveia, hoje. Texto integral aqui.
Um caso
Casais Monteiro
Best-sellers na Califórnia
Já agora, na edição deste domingo da CalendarLive, a revista de livros do Los Angeles Times, ler a crítica ao livro de Ian Buruma, Murder in Amsterdam, sobre a morte de Theo Van Gogh:
«a native's reflection on what the ritualistic murder of filmmaker and provocateur Theo van Gogh by an Islamist fanatic in 2003 augurs for multiculturalism in the Netherlands. The book contains little hard data and makes no pretense of being social science. It's impressionistic, excursive reportage — centering on a dozen or so interviews — that is knowing and intimate but occasionally marred by subtly questionable assumptions.»
Os mais vendidos no Brasil
Best-sellers em Espanha
Festival de poesia
Cafés literários
04 outubro 2006
Pedro Tamen
Os melhores livros de 2006
Recordo a lista dos finalistas em ficção portuguesa, poesia, ficção estrangeira e ensaio, no ano passado. E a lista dos mais votados de 2005 que, como se recordam, teve os seguintes vencedores: Fernando Campos e O Cavaleiro da Águia (Difel), Rui Tavares e O Pequeno Livro do Grande Terramoto (Tinta da China), Philip Roth e Conspiração contra a América (Dom Quixote) e T.S. Elliot e Prufrock e Outras Observações (Assírio e Alvim).
Contas em dia
Para os que se têm queixado, com justíssima causa, de desleixo na actualização do blog (cinco mesas de atraso), recordo que as últimas emissões tiveram como convidados José Eduardo Agualusa (16 de Setembro), Nelson Mota (24 de Setembro) e Luís Miguel Rocha (1 de Outubro). Esta semana, o convidado é Eduardo Prado Coelho; na próxima semana, Alface; e na seguinte, Frederico Lourenço.
Best sellers
Train de nuit pour Lisbonne
Top Americano
House of Meetings
Girls' guide to a one-night stand
Maomé
«Examinez maintenant de plus près les deux images figurant sur le rabat du livre : dans la première, le prophète Muhammad reçoit la première révélation de l'ange Gabriel lequel lui demande de lire au nom de Dieu même s'il ne sait pas lire ; la seconde évoque l'Annonciation faite à Marie. Elles sont très proches. Le prophète était représenté là pour la première fois en peinture : la scène fonde le mythe islamique. Il s'agit d'enluminures extraites de La Somme des Chroniques (1302) de Rashid ad-Din. L'auteur de Contre-Prêches tenait à ce qu'elles fussent publiées plutôt en couverture mais la bibliothèque de l'université d'Edimbourg qui en possède les droits s'y est fermement opposée.»
Mahfouz
Os escritores também amam?
A Lire deste mês é dedicada ao universo das paixões dos escritores: Les écrivains sont guidés par la passion. Escreve Philippe Delaroche sobre a vida amorosa dos escritores: “C’est elle qui leur permet d’accéder au génie, de passer à la postérité. Mais ils sont, ne l’oublions jamais, des hommes et des femmes comme les autres: leur vie sexuelle, parfois hors du commun, est-elle pour quelque chose dans leur œuvre?” Outros temas do dossier: Marguerite Duras, os caso de Colette, de Roman Gary ou de Jean Genet e ainda as opiniões de Alexandre Dumas sobre “o belo sexo”.