26 janeiro 2006
Esta semana: José Rodrigues dos Santos
Ler artigo de Guilherme Oliveira Martins. Ler também, polémicas na blogosfera, sobre «o sexo no Codex 632». Aqui, aqui e aqui, e respectivos links.
Férias curtas & próximas emissões
Rulfo
Os franceses também redescobrem Juan Rulfo. Em Portugal, Pedro Páramo, o romance-chave de Rulfo, foi reeditado pela Cavalo de Ferro com nova tradução; a anterior edição era das Edições 70.
Viciados em Julian Barnes.
Google em livro
Prémio para biografia de Matisse
The spy who talked to a rock: the novel (Frederick Forsyth)
Jane Austen
Outra leitura a não perder: João Pereira Coutinho, na Folha de São Paulo, sobre Jane Austen, Orgulho e Preconceito e a procura da felicidade.
Flaubert, por Christopher Hitchens
Magnífica leitura de Christopher Hitchens sobre Bouvard et Pécuchet, de Flaubert. No The New York Times Book Review.
19 janeiro 2006
Esta semana: os melhores de 2005
16 janeiro 2006
Roth sci-fi
Coisas de amador.
Sugestões para este blog (links, notícias, etc.): para o endereço de email na coluna da esquerda.
Kurt Vonnegut.
15 janeiro 2006
Julian Barnes.
Sobre o novo livro de Julian Barnes, Arthur and George, crítica no The New York Times (é necessário registo), de Terrence Rafferty.
A ilustração, publicada no NYT, é de André Carrilho.
Teoria, teoria, teoria: o império da teoria.
Booker
Links de Espanha.
Best-sellers espanhóis.
Best-sellers americanos.
Más notícias.
Mudanças.
Não só: entretanto, Valter Hugo Mãe vai lançar nova editora.
Novo grafismo.
Entretanto, em breve será adicionada uma lista de blogs portugueses e brasileiros que se interessam por livros. Aceitam-se sugestões.
14 janeiro 2006
OS MELHORES LIVROS DE 2005. >>>> Lista dos livros mais votados.
A LISTA ESTÁ PUBLICADA NA EDIÇÃO DESTE SÁBADO DO MIL FOLHAS.
POESIA>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
1. T.S. Eliot, Prufrock e Outras Observações (Assírio & Alvim) [182 votos]
2. Ezra Pound, Os Cantos (Assírio & Alvim) [178 votos]
3. Rui Costa, A Nuvem Prateada das Pessoas Graves (Quási) [164 votos]
4. Armando Silva Carvalho, Sol a Sol (Assírio & Alvim) [120 votos]
5. Nuno Júdice, Geometria Variável (Dom Quixote) [118 votos]
6. Konstandinos Kavafis, Os Poemas (Relógio d’Água) [114 votos]
7. J. Tolentino Mendonça, Estrada Branca (Assírio & Alvim) [108 votos]
8. William Blake, Sete Livros Iluminados (Antígona) [103 votos]
9. Helder Moura Pereira, Mútuo Consentimento (Assírio & Alvim) [97 votos]
10. Rainer Maria Rilke, O Livro das Imagens (Relógio d’Água) [81 votos]
ENSAIO>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
1. Rui Tavares, O Pequeno Livro do Grande Terramoto (Tinta da China) [224 votos]
2. Susan Neiman, O Mal no Pensamento Moderno (Gradiva) [219 votos]
3. Maria Filomena Mónica, Bilhete de Identidade (Alêtheia) [203 votos]
4. José Pacheco Pereira. Álvaro Cunhal. Uma Biografia Política, vol.3 (Temas e Debates) [192 votos]
5. George Steiner, A Ideia de Europa (Gradiva) [166 votos]
6. Isaiah Berlin, Rousseau e Outros Cinco Inimigos da Liberdade (Gradiva) [120 votos]
7. Eduardo Lourenço, A Morte de Colombo. Metamorfose e Fim do Ocidente como Mito (Gradiva) [82 votos]
8. Francisco Umbral, E Como Eram as Ligas de Madame Bovary? (Campo das Letras) [71 votos]
9. H.L. Mencken, Os Americanos (Antígona) [49 votos]
10. Pietro Citati, Israel e o Islão. As Centelhas de Deus (Cotovia) [39 votos]
FICÇÃO ESTRANGEIRA>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
1. Philip Roth, A Conspiração contra a América (Dom Quixote) [261 votos]
2. Ian McEwan, Sábado (Gradiva) [249 votos]
3. W.G. Sebald, Os Emigrantes (Teorema) [223 votos]
4. Enrique Vila-Matas, Paris Nunca se Acaba (Teorema) [210 votos]
5. Richard Zimler, Goa ou o Guardião da Aurora (Gótica) [199 votos]
6. Homero, Ilíada (Cotovia) [193 votos]
7. J.D. Salinger, À Espera no Centeio (Difel) [178 votos]
8. Gabriel García Márquez, Memórias das Minhas Putas Tristes (Dom Quixote) [174 votos]
9. J.M. Coetzee, No Coração Desta Terra (Dom Quixote) [166 votos]
10. Alan Hollinghurst, A Linha da Beleza (Asa) [150 votos]
FICÇÃO PORTUGUESA >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
1. Fernando Campos, O Cavaleiro da Águia (Difel) [190 votos]
2. Agustina Bessa-Luís, Doidos e Amantes (Guimarães Editores) [186 votos]
3. José Saramago, As Intermitências da Morte (Caminho) [180 votos]
4. Rodrigo Guedes de Carvalho, A Casa Quieta (Dom Quixote) [163 votos]
5. Francisco José Viegas, Longe de Manaus (Asa) [159 votos]
6. Pedro Almeida Vieira, O Profeta do Castigo Divino (Dom Quixote) [134 votos]
7. Gonçalo M. Tavares, Jerusalém (Caminho) [122 votos]
8. Hélder Macedo, Sem Nome (Presença) [108 votos]
9. Frederico Lourenço, A Formosa Pintura do Mundo (Cotovia) [89 votos]
10. José Sasportes, Os Dias Contados (Dom Quixote) [84 votos]
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Agradecimentos: à Isabel Coutinho, editora do Mil Folhas/Público, que se associou a esta iniciativa, permitindo, assim, ampliar a votação. Sem ela, é evidente que a participação não atingiria estes níveis e a ideia não resultaria tão bem.
Também a todos os que votaram e escolheram. Os livros fizeram-se para isso.
13 janeiro 2006
Votação: o fim
Agradecimentos a todos os que votaram e participaram.
Votação: o fim (resultados já apurados)
09 janeiro 2006
AS ESCOLHAS DE ISABEL COUTINHO PARA 2005
Depois das escolhas (aqui) de Pedro Mexia e de Eduardo Pitta (aqui) para os livros de 2005, aqui estão os livros de Isabel Coutinho, editora do «Mil Folhas/Público»:
“Sábado”, de Ian McEwan (Gradiva)
Dos livros que saíram este ano e que eu li (ainda me faltam ler muitos), este é o que coloco em primeiro lugar. A seguir ao 11 de Setembro, Ian McEwan escreveu no jornal “The Guardian”: “A maior parte de nós não tem nenhum papel activo nestes acontecimentos terríveis. Limitamo-nos simplesmente a ver televisão, ler os jornais e ligar o rádio outra vez.” Ao ler “Sábado” e assistir às interrogações, problemas e momentos de felicidade de Henry Perrowne, apesar de viver no tal “estado de terror”, como lhe chama McEwan, somos também forçados a questionar o que andamos a fazer por aqui.
“Lunar Park”, de Bret Easton Ellis (Teorema)
Depois de uma ausência de alguns anos, Bret Easton Ellis regressou com este romance. “Lunar Park” é uma paródia, é um romance onde Ellis mistura vários géneros, que vão desde a autoficção (as primeiras 46 páginas são fantásticas!) até à literatura clássica do horror e ao policial. É, como todos os livros dele, uma crítica à sociedade americana (a família, as relações entre os pais e os filhos, um olhar sobre a geração dos “tween” são alguns dos temas que estão lá). É o primeiro livro que publica após o 11 de Setembro, o primeiro que publica após a morte do seu amante, o primeiro em plena crise de meia-idade. Bret tem agora 41 anos, começou a escrever aos 20 (“Menos que Zero”), continua com a mesma ironia e a surpreender-me.
“Laocoonte, rimas várias, andamentos graves”, de Vasco Graça Moura (Quetzal)
Foi o livro de poesia que mais gostei de ler este ano. Deixo aqui parte de um dos meus poemas preferidos: “Diana no banho” que começa assim: “Via diana/pelo buraco/da fechadura./era jacuzzi?//banho de espuma?/estava nua,/brilhava flava,/tinha o cabelo// puxado para cima,/belas maminhas/ à tona de água,/olhos fechados// deliciada,/os pés nas bordas/dos azulejos./(...)” e mais não cito. Vão lá ler.
“Haruki Murakami and The Music of Words”, de Jay Rubin (Vintage)
A primeira edição do livro é de 2002, este ano lançaram uma edição revista com mais um capítulo dedicado ao último romance de Murakami traduzido para inglês, “Kafka on the Shore”, e só agora o li. Jay Rubin é professor de Literatura Japonesa na Universidade de Harvard e tradutor de alguns dos livros de Murakami para inglês. Conhece o autor como ninguém e este livro é um guia para quem se interessa pela vida e obra deste escritor japonês.
“Nós, os Media”, de Dan Gillmor (Ed. Presença)
Dan Gillmor é jornalista e tem um blogue (we the media). Colocou este livro na Web, em 2004 saiu a versão em papel e este ano foi traduzido pela Ed. Presença. Reflecte sobre as mudanças a que temos assistido nos últimos anos na forma como se faz jornalismo por causa das novas ferramentas de comunicação disponíveis na Internet. Porque nos fala do que irá ser o jornalismo no futuro (ou será o futuro já agora?) e porque nos fala de coisas como a Wikipédia, o RSS e a blogosfera, foi uma das minhas leituras mais entusiasmadas.
“Longe de Manaus”, de Francisco José Viegas (Asa)
Porque foi o romance policial e de viagens que mais gostei de ler este ano: uma rapariga que nasceu e cresceu no Porto não consegue ficar indiferente a Jaime Ramos. Porque num ano em que quase não viajei para fora de Portugal, “Longe de Manaus” fez-me sonhar com viagens a África e à Amazónia e trouxe-me os sons e a grafia do Brasil intercalados com os sons e os cheiros do Porto.
“Os Meus Sentimentos”, de Dulce Maria Cardoso (Asa)
Porque se entra nos livros de Dulce Maria Cardoso como se de um turbilhão se tratasse, as imagens vão-nos aparecendo, as vozes vão surgindo, a sua lengalenga é encantatória e não a conseguimos largar. Definitivamente, a sua obra é original e eu já não sentia nada disto desde os tempos da adolescência, em que descobri a escrita de Llansol ou dos primeiros tempos de Saramago.
E considero ainda como livros do ano as traduções do “Dom Quixote de la Mancha” de Cervantes por José Bento e de Miguel Serras Pereira (na Relógio D’Água e na Dom Quixote); a tradução de Frederico Lourenço da “Ilíada” de Homero (Cotovia). E ainda o início da publicação do Curso Breve de Literatura Brasileira organizado por Abel Barros Baptista na Cotovia; o início da tradução do Musil com orientação de João Barrento na Dom Quixote e a tradução de Walter Benjamin na Assírio.
Ainda não tive tempo para ler, mas neste ano que passou quatro dos meus autores preferidos publicaram romances: Ali Smith (“The Accidental”); Julian Barnes (“Arthur & George”) Jonathan Coe (“The Closed Circle”) e Philipe Claudel (“La petite fille de Monsieur Linh”).
Os livros mais votados. Lista já publicada no «Mil Folhas»
Entre 22 de Novembro e 31 de Dezembro, os telespectadores do programa “Livro Aberto” (RTPN) votaram, por correio electrónico e no blog do programa, nos melhores livros de 2005. Em quatro áreas distintas: ficção portuguesa, ficção estrangeira, poesia e ensaio. Apenas com uma regra: os livros teriam de ser publicados para o circuito de livraria durante o ano de 2005.
Cada votante poderia escolher até cinco títulos por secção – de onde resultou uma primeira lista de cerca de cem livros, divulgada nos primeiros dias de Dezembro. Os dez livros mais votados por área, durante todo o mês de Dezembro e até ao dia 5 de Janeiro (quinta-feira passada), formam estas quatro listas de finalistas. Até à próxima quarta-feira, 11, os leitores do “Mil Folhas” e os telespectadores do “Livro Aberto” poderão efectuar a sua votação final de onde resultará a lista definitiva (a publicar no próximo sábado no “Mil Folhas”) e uma emissão especial do programa.
As votações podem ser encaminhadas para o endereço de correio electrónico livroaberto@gmail.com.
São as seguintas as listas dos livros mais votados:
POESIA
2. Ezra Pound, Os Cantos (Assírio & Alvim) [131 votos]
3. Nuno Júdice, Geometria Variável (Dom Quixote) [92 votos]
4. William Blake, Sete Livros Iluminados (Antígona) [88 votos]
5. Konstandinos Kavafis, Os Poemas (Relógio d’Água) [88 votos]
6. Rui Costa, A Nuvem Prateada das Pessoas Graves (Quási) [84 votos]
7. Armando Silva Carvalho, Sol a Sol (Assírio & Alvim) [82 votos]
8. J. Tolentino Mendonça, Estrada Branca (Assírio & Alvim) [78 votos]
9. Rainer Maria Rilke, O Livro das Imagens (Relógio d’Água) [75 votos]
10. Helder Moura Pereira, Mútuo Consentimento (Assírio & Alvim) [74 votos]
ENSAIO
2. George Steiner, A Ideia de Europa (Gradiva) [114 votos]
3. Rui Tavares, O Pequeno Livro do Grande Terramoto (Tinta da China) [112 votos]
4. Maria Filomena Mónica, Bilhete de Identidade (Alêtheia) [102 votos]
5. José Pacheco Pereira. Álvaro Cunhal. Uma Biografia Política, vol.3 (Temas e Debates) [97 votos]
6. Francisco Umbral, E Como Eram as Ligas de Madame Bovary? (Campo das Letras) [58 votos]
7. Eduardo Lourenço, A Morte de Colombo. Metamorfose e Fim do Ocidente como Mito (Gradiva) [45 votos]
8. Isaiah Berlin, Rousseau e Outros Cinco Inimigos da Liberdade (Gradiva) [44 votos]
9. H.L. Mencken, Os Americanos (Antígona) [34 votos]
10. Pietro Citati, Israel e o Islão. As Centelhas de Deus (Cotovia) [32 votos]
FICÇÃO ESTRANGEIRA
1. Philip Roth, A Conspiração contra a América (Dom Quixote) [194 votos]
2. Ian McEwan, Sábado (Gradiva) [189 votos]
3. Homero, Ilíada (Cotovia) [188 votos]
4. Enrique Vila-Matas, Paris Nunca se Acaba (Teorema) [185 votos]
5. W.G. Sebald, Os Emigrantes (Teorema) [172 votos]
6. Gabriel García Márquez, Memórias das Minhas Putas Tristes (Dom Quixote) [144 votos]
7. Richard Zimler, Goa ou o Guardião da Aurora (Gótica) [142 votos]
8. J.D. Salinger, À Espera no Centeio (Difel) [131 votos]
9. J.M. Coetzee, No Coração Desta Terra (Dom Quixote) [121 votos]
10. Alan Hollinghurst, A Linha da Beleza (Asa) [120 votos]
FICÇÃO PORTUGUESA
1. Fernando Campos, O Cavaleiro da Águia (Difel) [138 votos]
2. Agustina Bessa-Luís, Doidos e Amantes (Guimarães Editores) [136 votos]
3. José Saramago, As Intermitências da Morte (Caminho) [124 votos]
4. Francisco José Viegas, Longe de Manaus (Asa) [119 votos]
5. Rodrigo Guedes de Carvalho, A Casa Quieta (Dom Quixote) [94 votos]
6. Gonçalo M. Tavares, Jerusalém (Caminho) [92 votos]
7. Pedro Almeida Vieira, O Profeta do Castigo Divino (Dom Quixote) [89 votos]
8. Hélder Macedo, Sem Nome (Presença) [83 votos]
9. Frederico Lourenço, A Formosa Pintura do Mundo (Cotovia) [76 votos]
10. José Sasportes, Os Dias Contados (Dom Quixote) [75 votos]
02 janeiro 2006
Listas de finalistas no «Público»/«Mil Folhas»
Por esse motivo, fica alterada a data de publicação, inicialmente marcada para 5. Mais informações a seguir.